A mudança declarada da escola antiga e a atual escola
É facilmente visto a mudança da educação escolar brasileira antiga para a atual. Existem muitos aspectos que englobam e somatizam a diferença ou até que torna uma característica ainda atual, porém antiga.
É facilmente visto a mudança da educação escolar brasileira antiga para a atual. Existem muitos aspectos que englobam e somatizam a diferença ou até que torna uma característica ainda atual, porém antiga.
Antigamente, citando sobre o lado pedagógico, a escola
era uma instituição que focava isoladamente em o aluno crescer educacionalmente
por seu mérito de dedicação nos estudos. Muitas vezes criticada hoje em dia, a escola
de 40 anos para trás é vista como fria e até manipulável, por sua rigidez com
seus respectivos alunos. A mesma era mais ríspida com suas regras não só nos
estudos, mas comportamentais dentro e até entorno da instituição. Prezavam mais
a descrição e a padronização da aparência, dos alunos e até funcionários sobre
o uniforme. O uniforme deveria estar impecável todos os dias, no cumprimento
certo e geralmente se o aluno(a) usasse algum adereço deveria ser de cores e
tamanhos estipulados pela escola, pela direção. Quando um aluno não respeitava
o mestre, o professor punia, até com castigos físicos, embora essa atitude não
exista mais há um bom tempo, assim continuaram a punir com pesadas redações ou trabalhos
depois da hora. A didática nas salas de aulas era geralmente um reforço de
conhecimentos gerais, onde as matérias não eram tão separadas e os professores
cobravam o estudo em dia, com uma dinâmica, vamos dizer, espontânea; onde assim
os alunos estavam sempre preparados.
Quanto ao aspecto físico que separa primeiramente a
escola antiga da atual, é a modernidade tecnológica. Com a existência do quadro
branco, de computadores, de recursos que oferecem o bem estar do aluno, como
até um ar condicionado, que a escola atual pode ser preferida. Porém, há um grande
falha da modernidade em salas de aula, como por exemplo a maioria das escolas
não possuírem ainda banda larga de Internet, não possuírem nem computadores. E
para os profissionais da educação, como Mozart Neves Ramos; ex membro do Conselho
Nacional de Educação (CNE), essa falta de empreendimento de tecnologia nas
escolas para os alunos, é a principal falta de motivação atual para estudar em
sala de aula.
Junto com a falta de tecnologia nas escolas, o que anda
agravando e levando á 529 mil estudantes a tirarem zero como nota em Redação no
ENEM 2014, é a didática imposta aos alunos. O mesmo vai à escola por obrigação
de passar para a próxima série. Pois há a falta de investimentos com aulas
dinâmicas, aulas que levam ao esporte, danças, que trás o bem estar e a cultura
não só através de uma sala e um livro sobre a mesa. O que é comparado também é
o nosso país em relação á outros que em sua grade escolar há menos matérias,
onde dependendo da série o aluno já escolheu a área que quer cursar e com isso
só irá estudar no(s) ano(s) seguinte as matérias assim envolvidas na área. O
que leva a uma facilitação, uma ajuda de estudo e foco profissionalizante.
Sendo assim o aluno brasileiro vai desmotivado e sobrecarregado para a aula com
professores onde a maioria não está sendo bem preparado em sua formação; seja
pedagogicamente e até psicologicamente. É fácil de encontrar alunas de formação
de professores usando palavreados de baixo escalão dentro até da própria
instituição onde estuda e trabalha, vestindo o uniforme de maneira inadequada e
não respeitando a postura de um futuro profissional que irá lecionar. A falta
de educação atual não para por aí, porque onde há profissionais com essa
postura há alunos. Há casos e casos pelo Brasil onde estudantes desrespeitaram
seus professores em sala de aula fisicamente, sob ameaças, sob difamação e
calúnia. E a onde está o problema? De quem é a culpa? Será que na antiga escola
acontecia esses atos, não só de alunos, mas professores não adotarem sua
postura?
O fato, é que além da escola atual não ter evoluído em
aspectos de modernidade para sustentar o aluno do século xxi, ter em uitas situações precárias, não atrair para
os estudos com novas aulas, ela não manteve a rigidez e a importância
pedagógica não só pelas salas de aula, pelos corredores, mas também entorno da
instituição.
Entrevista
com uma professora que lecionou durante 24 anos em rede pública.
Sandra
Regina Ceperuelo
50
anos
Com
quantos anos começou a lecionar e quais foram as escolas?
“ Com 19 anos. Escola Municipal Maria Quitéria (Bangu),
Escola Francisco Palheta (Bento Ribeiro), Escola Casa da Criança (Del
Castilho), Escola Fernão Dias (Marechal Hermes) e Escola Paraná (Cascadura).”
O
que acha que mudou na pedagogia da escola de 20 anos pra cá?
“Os alunos eram mais cobrados, a
instituição podia exigir mais. Como por exemplo podíamos exigir até a
caligrafia, hoje que eu saiba não pode mais porque eles falam que tira a
personalidade do aluno, onde na verdade, a letra do aluno pode piorar para
entender...
Parecia
também que a escola tinha mais autonomia, podia impor mais o respeito. Se a
criança chegasse com piolho, podíamos mandar voltar tranquilamente pra casa.
Assim como o uniforme era mais inspecionado
Hoje
em dia não pode mais suspender porque alegam que o aluno não pode ficar em casa.
Aí se ele aprontar algo é transferido para outra turma... o atual chamado “Aplicação
de Regimento” .
A
educação deve vir de casa ou da escola?
“De
casa. A criança mostra na escola a educação que recebe em casa. É a base. Não é
obrigação da escola dar noções básicas de comportamentos.”