segunda-feira, 5 de outubro de 2015

                           A mudança declarada da escola antiga e a atual escola

É facilmente visto a mudança da educação escolar brasileira antiga para a atual. Existem muitos aspectos que englobam e somatizam a diferença ou até que torna uma característica ainda atual, porém antiga.

Antigamente, citando sobre o lado pedagógico, a escola era uma instituição que focava isoladamente em o aluno crescer educacionalmente por seu mérito de dedicação nos estudos.  Muitas vezes criticada hoje em dia, a escola de 40 anos para trás é vista como fria e até manipulável, por sua rigidez com seus respectivos alunos. A mesma era mais ríspida com suas regras não só nos estudos, mas comportamentais dentro e até entorno da instituição. Prezavam mais a descrição e a padronização da aparência, dos alunos e até funcionários sobre o uniforme. O uniforme deveria estar impecável todos os dias, no cumprimento certo e geralmente se o aluno(a) usasse algum adereço deveria ser de cores e tamanhos estipulados pela escola, pela direção. Quando um aluno não respeitava o mestre, o professor punia, até com castigos físicos, embora essa atitude não exista mais há um bom tempo, assim continuaram a punir com pesadas redações ou trabalhos depois da hora. A didática nas salas de aulas era geralmente um reforço de conhecimentos gerais, onde as matérias não eram tão separadas e os professores cobravam o estudo em dia, com uma dinâmica, vamos dizer, espontânea; onde assim os alunos estavam sempre preparados.



Quanto ao aspecto físico que separa primeiramente a escola antiga da atual, é a modernidade tecnológica. Com a existência do quadro branco, de computadores, de recursos que oferecem o bem estar do aluno, como até um ar condicionado, que a escola atual pode ser preferida. Porém, há um grande falha da modernidade em salas de aula, como por exemplo a maioria das escolas não possuírem ainda banda larga de Internet, não possuírem nem computadores. E para os profissionais da educação, como Mozart Neves Ramos; ex membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), essa falta de empreendimento de tecnologia nas escolas para os alunos, é a principal falta de motivação atual para estudar em sala de aula.

Junto com a falta de tecnologia nas escolas, o que anda agravando e levando á 529 mil estudantes a tirarem zero como nota em Redação no ENEM 2014, é a didática imposta aos alunos. O mesmo vai à escola por obrigação de passar para a próxima série. Pois há a falta de investimentos com aulas dinâmicas, aulas que levam ao esporte, danças, que trás o bem estar e a cultura não só através de uma sala e um livro sobre a mesa. O que é comparado também é o nosso país em relação á outros que em sua grade escolar há menos matérias, onde dependendo da série o aluno já escolheu a área que quer cursar e com isso só irá estudar no(s) ano(s) seguinte as matérias assim envolvidas na área. O que leva a uma facilitação, uma ajuda de estudo e foco profissionalizante. Sendo assim o aluno brasileiro vai desmotivado e sobrecarregado para a aula com professores onde a maioria não está sendo bem preparado em sua formação; seja pedagogicamente e até psicologicamente. É fácil de encontrar alunas de formação de professores usando palavreados de baixo escalão dentro até da própria instituição onde estuda e trabalha, vestindo o uniforme de maneira inadequada e não respeitando a postura de um futuro profissional que irá lecionar. A falta de educação atual não para por aí, porque onde há profissionais com essa postura há alunos. Há casos e casos pelo Brasil onde estudantes desrespeitaram seus professores em sala de aula fisicamente, sob ameaças, sob difamação e calúnia. E a onde está o problema? De quem é a culpa? Será que na antiga escola acontecia esses atos, não só de alunos, mas professores não adotarem sua postura?


O fato, é que além da escola atual não ter evoluído em aspectos de modernidade para sustentar o aluno do século xxi, ter em uitas situações precárias, não atrair para os estudos com novas aulas, ela não manteve a rigidez e a importância pedagógica não só pelas salas de aula, pelos corredores, mas também entorno da instituição.

Foto da Entrevista


Entrevista com uma professora que lecionou durante 24 anos em rede pública.  
Sandra Regina Ceperuelo
50 anos
Com quantos anos começou a lecionar e quais foram as escolas?
Com 19 anos. Escola Municipal Maria Quitéria (Bangu), Escola Francisco Palheta (Bento Ribeiro), Escola Casa da Criança (Del Castilho), Escola Fernão Dias (Marechal Hermes) e Escola Paraná (Cascadura).”

O que acha que mudou na pedagogia da escola de 20 anos pra cá?
Os alunos eram mais cobrados, a instituição podia exigir mais. Como por exemplo podíamos exigir até a caligrafia, hoje que eu saiba não pode mais porque eles falam que tira a personalidade do aluno, onde na verdade, a letra do aluno pode piorar para entender...
Parecia também que a escola tinha mais autonomia, podia impor mais o respeito. Se a criança chegasse com piolho, podíamos mandar voltar tranquilamente pra casa. Assim como o uniforme era mais inspecionado
Hoje em dia não pode mais suspender porque alegam que o aluno não pode ficar em casa. Aí se ele aprontar algo é transferido para outra turma... o atual chamado “Aplicação de Regimento” .

A educação deve vir de casa ou da escola?

“De casa. A criança mostra na escola a educação que recebe em casa. É a base. Não é obrigação da escola dar noções básicas de comportamentos.”